7 de novembro de 2013
Caixões são jogados em rua da cidade de Garanhuns.
Em Garanhuns, no Agreste pernambucano, caixões funerários são deixados em via pública, depois de serem retirados de jazigos do Cemitério São Cristóvão, localizado na Rua Voluntários da Pátria, no Bairro Liberdade. A informação é de um leitor da cidade que não quis se identificar.
O internauta mora há sete anos no bairro e diz que é comum haver caixões no lugar, além de outros tipos de urnas funerárias. Neste ano, foram jogados ao menos três caixões. “A exposição desse material na rua representa um desrespeito à memória dos finados, além de um risco à saúde pública, tendo como fator agravante a proximidade do campo de futebol do bairro, onde pessoas de todas as idades praticam esporte”, diz.
Segundo ele, o cemitério está superlotado e, quando há alguma mudança em jazigos familiares, os resíduos (exceto restos mortais) são deixados na rua, pela manhã, e assim ficam até a coleta passar. No entanto, por vezes o caminhão de lixo atrasaria, por algum motivo não especificado à população.
Outro problema é a falta de fardamento de quem realiza o serviço. No Cemitério São Cristóvão, ainda segundo ele, os funcionários usam roupas comuns e até chinelos, em vez de vestimenta apropriada.
Nota da Redação: Em contato com o G1, o secretário Hélio Faustino, da pasta de Serviços Públicos e Obras de Garanhuns, reconheceu o procedimento de jogar resíduos funerários em via pública, mas afirmou desconhecer atrasos do caminhão de lixo. Sobre a vestimenta, disse que os funcionários recebem fardamento completo, mas resistem à utilização. A Redação ainda entrou em contato com Katarina Pereira de Almeida, coordenadora da Vigilância Sanitária de Garanhuns. Ela informou que cemitérios são ambientes insalubres e têm muitos tipos de bactérias, portanto, neste caso, são necessárias uma caçamba para receber os resíduos e fiscalização para garantir que os funcionários usem os equipamentos de proteção. O G1 voltou a falar com o secretário Hélio Faustino, ressaltando as indicações da Vigilância Sanitária, e ele falou que casos assim são raros e que não há grande necessidade de caçamba, mas garantiu que se reunirá com os funcionários do Cemitério São Cristóvão para analisar o problema.
Resíduos funerários ficam próximos às casas.
(Foto: Internauta/ VC no G1)
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